UMA VIAGEM CHAMADA VIDA!
Silvana Duboc, há algum tempo atrás, escreveu um texto que merece uma profunda reflexão de nossa parte. No texto ela
Silvana Duboc, há algum tempo atrás, escreveu um texto que merece uma profunda reflexão de nossa parte. No texto ela diz que a vida é semelhante a uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que acreditamos que estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível… Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que serão superespeciais para nós, embarquem.Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio.Outros encontrarão nessa viagem somente tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe. Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles… Só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao lado deles, pois já terá alguém ocupando aquele lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas… Porém, jamais haverá retornos. Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá. O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades… Acredito que sim.Me separar de alguns amigos que fiz neste trem será, no mínimo dolorido. Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram… E o que vai me deixar feliz será pensar que eu colaborei para que a bagagem tenha crescido e se tornado valiosa. Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.
Luiz Carlos Deringer