Rio Iguaçu recebe mais 310 mil peixes nativos em ação do Estado
Iniciativa faz parte do Rio Vivo, programa estadual de repovoamento de rios em todo o Paraná. Além da soltura de
Iniciativa faz parte do Rio Vivo, programa estadual de repovoamento de rios em todo o Paraná. Além da soltura de peixes nativos, a ação envolve alunos do Ensino Fundamental, com palestra sobre educação ambiental e o plantio de mudas nativas.
A Superintendência da Pesca Esportiva, vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), promoveu a soltura de mais 310 mil peixes nativos no Rio Iguaçu. A ação aconteceu nesse sábado (09) e integra o programa Rio Vivo.
A soltura ocorreu no Lago de Salto Caxias, em Três Barras do Paraná, no Sudeste do Estado, durante a 1ª etapa do maior campeonato de pesca esportiva de tilápia do Estado – o Capevi. O evento e a soltura de peixes contaram com o apoio da Prefeitura de Três Barras do Paraná e da empresa fornecedora de pescados Daniela, além da participação de alunos do Ensino Fundamental do município.
Segundo o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, o repovoamento de rios é fundamental para a conservação e recuperação do meio ambiente. “O programa Rio Vivo tem a meta de repovoar os rios do Estado com mais de 1 milhão de peixes nativos. É um programa importante para garantir a fauna aquática e a vida na água”, destacou.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL – O Rio Vivo também leva educação ambiental aos participantes. As crianças, além de conhecerem a importância da água e dos peixes para a biodiversidade, aprendem a plantar árvores nativas e sua importância para a preservação da natureza.
Ao todo, 100 mudas de árvores nativas foram plantadas na área do Lago Salto Caxias, após uma explicação para os estudantes sobre o papel delas na natureza.
O superintendente da Pesca Esportiva da Sedest, Francisco Martin, explicou que, além
de contribuir para a qualidade do ar e minimizar os efeitos climáticos, as árvores impedem desastres naturais provocados pela força da água. “A árvore pode impedir que a água escorra para fora da represa, amenizando ações como enchentes e alagamentos, evitando o assoreamento do rio”, disse.
Esta foi a segunda soltura de peixes juvenis no Rio Iguaçu neste semestre. Outras nove estão programadas até o fim do ano.
LEGISLAÇÃO – A soltura de peixes nativos nas bacias hidrográficas atende a Resolução Conjunta número 10/2021, da Sedest e do Instituto Água e Terra (IAT), publicada em abril deste ano. O documento define normas para estocagem e repovoamento de peixes. De acordo com a Resolução, todas as ações de soltura e repovoamento de peixes nas bacias hidrográficas do Paraná e seus afluentes devem ter autorização do órgão ambiental estadual.
O objetivo é proteger a fauna silvestre e o ambiente natural contra espécies invasoras. É proibido povoar com espécies exóticas ou invasoras, de origem estrangeira. A introdução de espécies do Brasil, mas não originárias do local especificamente (alóctones), é passível de autorização mediante análise e estudo de impacto ambiental na região.
É considerada exótica a espécie presente em determinada área geográfica, da qual não é originária, tendo sido introduzida pelo homem. Elas são originárias de outros países e a introdução ou dispersão podem ameaçar a diversidade biológica local.
Já alóctones são espécies presentes em um outro ecossistema ou área geográfica, mas originárias do mesmo país, espécie, subespécie de hierarquia inferior, ocorrendo fora de sua área de distribuição natural, porém com capacidade de sobreviver e reproduzir-se.