Produção de feijão no Paraná tem perda estimada em 24%, após longa estiagem
O longo período de estiagem e altas temperaturas deve causar perdas estimadas em 24% da produção de feijão do Paraná
O longo período de estiagem e altas temperaturas deve causar perdas estimadas em 24% da produção de feijão do Paraná na segunda safra do ano, segundo levantamentos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab).
A previsão é que sejam colhidas 334 mil toneladas na chamada safrinha, de acordo com o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), Carlos Salvador.
A expectativa de redução na produção já está impactando os preços praticados no campo. Nos últimos dois meses, a saca de 60 quilos teve aumento médio de 46% para o feijão carioquinha, passando de R$ 219,00 para R$ 320,00.
No caso do feijão preto, a alta média é de 36%, passando de R$ 145,00 para R$ 197,00.
Nas áreas onde choveu, foram colhidas 45 sacas por hectare. Nas outras, a produtividade caiu para até 12 sacas por hectare. O agrônomo Adriano Machado explica que o feijão tem um ciclo muito curto e que sofre com temperaturas acima dos 30 graus.
“O que aconteceu neste ano, devido às altas temperaturas, no período do florescimento, e da baixa precipitação, no período do enchimento dos grãos, é que houve muito abortamento das vagens. A gente observa vagens curtas, com poucos grãos bem formados”, conclui.