NÚMERO DE CIRURGIAS REALIZADAS MENSALMENTE PELO SUS JÁ SE APROXIMA DO RESULTADO ANTES DA PANDEMIA DA COVID-19

As despesas, receitas e ações da Secretaria de Estado da Saúde no segundo quadrimestre de 2022 foram apresentadas aos parlamentares

As despesas, receitas e ações da Secretaria de Estado da Saúde no segundo quadrimestre de 2022 foram apresentadas aos parlamentares em cumprimento ao artigo 36 da Lei Complementar Federal 141/2012.

De acordo com o diretor-geral da pasta, Nestor Werner Junior, que relatou o balanço geral, o principal destaque para este momento é a retomada do sistema no período pós pandemia. “A Secretaria de Saúde tem trabalhado bastante e a nossa prestação de contas aponta bons números para este momento pós pandemia. Temos uma boa retomada para ações e serviços, uma grande execução nos trabalhos eletivos, com o nosso programa Opera Paraná, e os indicadores mostram isso, colocando muito claramente o potencial que a vacinação trouxe e o que ela vem dando de possibilidade para esta retomada. Uma queda acentuada na mortalidade materna, o que nos garante a possibilidade de trabalhar cada vez mais naquilo que realmente importa, que é melhorar a qualidade de vida do paranaense”.

O diretor da SESA lembrou que durante a pandemia, os números de cirurgia eletivas caíram para 6.850 em 2020 e 6.722, em 2021. Em julho de 2022 a média era de 12.300, enquanto que antes da pandemia a média chegava a 13.586 por mês.

Nestor destacou ainda o registro feito na semana passada em que pela primeira vez, desde o início da pandemia do coronavírus, o Paraná não teve pacientes internados por covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma grande vitória, e isto indica que estamos no rumo certo e que a Secretaria de Saúde, juntamente com os municípios estão trabalhando para fazer a saúde do Paraná melhor”, disse.

No período mais crítico da pandemia, em meados de junho do ano passado, o Estado chegou a registrar 100% de ocupação em 4,9 mil leitos exclusivos para tratamento da covid-19, além da superlotação em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais de pequeno porte. Somente para custeio dessas unidades exclusivas, o Governo do Estado investiu mais de R$ 980 milhões entre contratos com hospitais universitários, unidades próprias e rede privada.

O período da pandemia fez com que outras vacinas ficassem com índices abaixo do indicado pelo Mistério da Saúde. A poliomielite, por exemplo, está com o índice mais baixo dos últimos 30 anos no Paraná. Embora a meta de imunização seja de 95% para crianças com menos de 5 anos, apenas pouco mais de 74% do público estimado recebeu a vacina. Em recente campanha nacional, a estimativa era vacinar mais de 620 mil crianças em todo o estado, mas o número de doses aplicadas foi de 459 mil. “O processo de discussão das outras vacinas durante a pandemia atrapalhou um pouco o esquema vacinal básico que tínhamos e estamos em um trabalho frenético para que possamos recuperar, principalmente naquelas vacinas que historicamente tínhamos boas coberturas. Com a pólio não atingimos o percentual desejado que é de 95% das crianças vacinadas e estamos no convencimento de pais e das famílias de que isso é extremamente necessário para que possamos manter o status de país livre da pólio” disse Nestor.