MORRE CADELINHA QUE TEVE MANDÍBULA DILACERADA POR ROJÃO

O animal foi encontrado gravemente ferido em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba (RMC)

A cadela resgatada após um rojão ter explodido na boca durante a madrugada do 1° dia de 2021, morreu por uma parada respiratória. A informação foi confirmada pela ONG Força Animal.

O animal foi encontrado gravemente ferido em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba (RMC). Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) fizeram o resgate e investigam se a cadela mordeu um rojão ou se alguém colocou o artefato de propósito em sua boca.

Confira a nota publicada pela ong:

Por vezes a gente só chega a tempo

de entregar dignidade e respeito. De tirar a dor. De não deixar uma vida ali, agonizando sozinha em razão da

maldade de outros.

A violência da bomba foi tão imensa que ela sofreu traumas irreversíveis, precisou amputar a mandíbula, precisou suturar a lingua dilacerada, passou por transfusão de sangue e muitos exames. Estava sob analgesia profunda. Chegou algumas vezes brincar e abanar o rabo, sabíamos da gravidade, mas tínhamos esperança.

Um pouco antes dela parar de respirar, decorrente a uma infecção generalizada (sepse) dissemos coisas lindas, palavras de afeto, dissemos que os novos caminhos dela seriam lindos, e que esse mundo aqui não a merecia mais, se preferisse ir estava livre. Assim ela parou.

Por vezes, não chegamos a tempo de mudar a história, de fazer viver o que o outro humano deixou pra morrer. Por vezes, nossa missão está em acudir, em possibilitar amparo, em cuidar, medicar e lutar até onde é possível. Isso não é simples de entender temos toda equipe veterinária arrasada hoje.

Por vezes, o recomeço não é aqui, e sim em outra esfera, num, como sempre costumo dizer, campo florido, cheio de amores, vazio de dores. Habitado por anjos.

Ontem perdermos nossa Rebeca. O tempo dela ao nosso lado foi efêmero demais.

Mas garanto a vocês que junto dela foi muito amor dedicado.

Dói, machuca, mas temos de seguir. Por ela. E por todos os outros que estão a nos esperar.

CATVE