Justiça manda soltar mãe suspeita de torturar os filhos em Arapongas, diz Polícia Civil
A mulher que foi presa suspeita de torturar os filhos, de quatro anos e 10 meses, em Arapongas, no norte
A mulher que foi presa suspeita de torturar os filhos, de quatro anos e 10 meses, em Arapongas, no norte do Paraná, foi solta no domingo (7) após uma decisão judicial. Com autorização da Justiça, ela responderá ao processo em liberdade.
Segundo a Polícia Civil, o pai da crianças teve a prisão temporária convertida em preventiva, que é por tempo indeterminado. A decisão foi proferida na mesma audiência de custódia.
O casal foi preso por maus-tratos na sexta-feira (5), e as duas crianças resgatadas pelo Conselho Tutelar.
Conforme a Polícia Civil, a criança mais velha era amarrada com um cadarço de sapato pelos tornozelos e se alimentava no chão. O caso segue sendo investigado.
O filho do casal foi encontrado pelo Conselho Tutelar com vários hematomas e cicatrizes no corpo.
Segundo a polícia, a casa onde a família estava apresentava condições insalubres.
Conforme a decisão judicial, a mulher foi solta porque não têm antecedentes criminais, e segundo testemunhas, ela não foi autora das agressões, mas conivente com as atitudes do marido.
Em depoimento à Polícia Civil, o homem negou que agredia as crianças ou amarrava o filho mais velho.
O juiz de plantão também considerou que a mãe das crianças está grávida de 33 semanas e impôs a concessão da liberdade provisória. No entanto, a mulher está proibida de manter contato com o menino de 4 anos e com a filha de 10 meses.
O que diz a defesa
O advogado do casal não negou que as crianças foram agredidas ou vítimas de maus tratos, no entanto lamentou que o Conselho Tutelar não tenha agido anteriormente para evitar esta situação.
“A situação da família era conhecida pelo Conselho Tutelar e nada foi feito anteriormente. É uma família desestruturada e que precisava da intervenção do estado preventivamente. O Conselho Tutelar agiu como “polícia” em vez de atender a família antes que os fatos acontecessem”, afirmou Evandro Luiz da Silva Bueno de Oliveira.
O advogado complementou que a mulher foi liberada porque corria risco de dar à luz na cadeia, que está superlotada.
Evandro de Oliveira completou que vai pedir a liberdade do cliente nos próximos dias.
Fonte G1 RPC