Com 900 novos casos por ano no Paraná, câncer de boca é o foco do Novembro Vermelho
Um problema de saúde pública, cuja previsão é de 15 mil novos casos no Brasil por ano, sendo 900 no
Um problema de saúde pública, cuja previsão é de 15 mil novos casos no Brasil por ano, sendo 900 no Paraná, o câncer de boca é o foco do Novembro Vermelho. O mês é dedicado a campanhas de conscientização, ações de orientação sobre o diagnóstico precoce e ao combate da doença, envolvendo a população, órgãos públicos e empresas privadas.
“O principal pilar é atingir a população, fazer essa orientação, promovendo o autoexame, explicando a importância”, explica a dentista Ana Paula Prestes Virmond Traiano. Nora do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSD), ela descobriu ser portadora de um câncer e sugeriu a iniciativa formalizada pela a Lei nº 19.868/2019.
A legislação multiplicou ações sobre o tema, que este ano contará com uma longa agenda de atividades. “Promovemos a capacitações para os dentistas, concentrando nos profissionais da atenção primária. Focando na questão do diagnóstico precoce, apresentando as questões clínicas, diagnóstico diferencial das lesões, para que os profissionais saibam fazer um diagnóstico corretamente e encaminhar esse paciente. O dentista não trata, pois pelo fator metástase, que pode invadir o corpo todo, o câncer é tratado pelo médico”, explicou a dentista Carolina de Oliveira Azim Schiller, que integra a equipe técnica da Divisão de Saúde Bucal da Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde da SESA.
Já Ana Paula relembra que quando a lei foi aprovada em 2019, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INC) era de redução no número de casos. “Mas veio a pandemia e muitas pessoas sofreram com ansiedade, iniciando, retomando ou aumentando hábito de fumar, que é um sério fator de risco”, citou. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas e exposição ao sol sem proteção, são outros agravantes.
Outra preocupação é com a popularização dos cigarros eletrônicos. “São piores do que o cigarro normal. Claro que temos muito mais pesquisas sobre o cigarro convencional, mas os últimos estudos mostram que o estrago que ele faz é muito grande e muito rápido pelo teor de nicotina e porque muitas pessoas acham ser mais inofensivo”, reforçou.
De acordo com a especialista, o câncer bucal é um problema de saúde pública, com morbidade e a mortalidade ainda muito grandes, sendo o oitavo tipo de câncer mais comum. No Paraná, a previsão é de 900 novos casos em 2023, sendo aproximadamente 700 em homens. “A incidência é muito maior, por isso estamos focando nesse grupo. Tanto que no nosso evento na Assembleia, vamos trazer um profissional da Secretaria que é responsável pela saúde do homem para fazer uma fala voltada ao público masculino”, adiantou Ana Paula.