Ansiedade e empolgação: alunos da rede estadual vivem expectativa de ganhar o mundo
Maior edição do programa de intercâmbio estudantil do Governo do Paraná, vai levar 1.300 alunos para cinco países: Austrália, Canadá,
Maior edição do programa de intercâmbio estudantil do Governo do Paraná, vai levar 1.300 alunos para cinco países: Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos. Durante quatro a cinco meses, estudarão em escolas locais, convivendo com famílias anfitriãs e estarão imersos em novas culturas.
Um auditório lotado de jovens com sorrisos largos, olhares brilhantes e uma mistura palpável de ansiedade e empolgação marcou esta segunda-feira (25) em Curitiba. Reunidos para a última orientação antes de embarcarem em uma experiência transformadora, os 1.300 estudantes selecionados para o Programa Ganhando o Mundo, promovido pelo Governo do Paraná, compartilharam histórias de superação, sonhos e expectativas.
Entre eles está Bruna Rafaela Giovanetti, de 16 anos, aluna do Colégio Estadual Campo de Lustosa, em Ipiranga, nos Campos Gerais, que viajará para a Irlanda. Envolvida em uma bandeira do país que a receberá em agosto do ano que vem, Bruna não esconde a ansiedade. “Eu nunca imaginei sair do Brasil, e agora estou estudando tudo sobre a Irlanda, que é um país maravilhoso, com músicas e histórias muito legais. Minha família ficou louca com a notícia. No começo estavam com medo, mas agora estão contando os dias, assim como eu”, conta.
Já Taemy Castilho, de 16 anos, também de Ipiranga, embarcará para a Nova Zelândia, seu destino mais distante até agora. “Por enquanto, o lugar mais longe que eu fui foi Aparecida, em São Paulo, e, mesmo assim, de ônibus. Então o coração está a mil para conhecer a cultura, pessoas novas e o idioma. Estou muito emocionada com tudo isso”, diz.
Além das expectativas, o último encontro antes do embarque foi marcado por histórias de esforço e superação. Ingrid Cibele dos Santos, de 15 anos, moradora do município de Reserva (Centro-Sul), não cansa de agradecer pela oportunidade. “Se não fosse o Ganhando o Mundo, minha família não teria como custear algo assim. Era um sonho muito distante que eu imaginava que só poderia realizar depois de formada, trabalhando e podendo me bancar”, diz.
Segundo ela, ser selecionada e se preparar para o grande momento tem sido transformador. “Me inscrevi jurando que não passaria, porque tinha dificuldade de acreditar em mim mesma. Mas isso mudou, e hoje eu acredito que a educação é a chave para realizar nossos sonhos”, emociona-se.
Com todas as despesas custeadas pelo Governo do Paraná, o Programa Ganhando o Mundo não só amplia o horizonte cultural dos participantes, como também fortalece a rede pública de ensino. Ao retornarem, os alunos assumirão o papel de embaixadores, compartilhando suas experiências com colegas e comunidades.
“É um programa que dá a oportunidade para um jovem, muitas vezes muito humilde, conhecer um país diferente, estudar lá, aprender uma outra língua e incentivar que outros alunos participem futuramente do programa”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior, presente no encontro dos alunos.
AGRÍCOLA – Pela primeira vez na história do programa, haverá uma edição especial destinada a alunos dos colégios agrícolas e florestais do Estado. Anna Julia Woruby, de 15 anos, de Irati (Centro-Sul), é uma das 100 selecionadas para essa edição, que levará estudantes de escolas técnicas e rurais para os Estados Unidos.
“Acredito que, além de aprender muito em um país de Primeiro Mundo, também poderei compartilhar os conhecimentos que adquiri aqui, especialmente porque o Brasil e o Paraná se destacam em sustentabilidade”, planeja. Para ela, o maior desafio é controlar as emoções até o momento do embarque. “Estou toda acelerada”, diz, empolgada.
EMBARQUE – Os selecionados viajarão entre o início de 2025 e o segundo semestre, divididos entre Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos. Durante quatro a cinco meses, estudarão em escolas locais, convivendo com famílias anfitriãs e estarão imersos em novas culturas, línguas e, em alguns casos, técnicas acadêmicas e agrícolas.
Durante o evento de segunda-feira (25), os jovens participaram de palestras e conversas preparatórias para o desafio de morar longe de casa. “Eu acho que vou voltar uma pessoa mais madura, porque lá vou ser praticamente independente em um país diferente. Acredito que isso vai me preparar melhor, vou conhecer novas pessoas, fazer amizades e encontrar jeitos de me comunicar”, afirma Maísa Dussanoski, de 15 anos, moradora de Imbituva (Centro-Sul) e aluna do Colégio Estadual Santo Antônio, que fará intercâmbio na Nova Zelândia.
A possibilidade de crescimento e amadurecimento também é o que mais motiva Luis Otávio Camargo Prado, de 15 anos. Morador de Figueira (Norte-Pioneiro) e aluno do Colégio Estadual Anita Aldete Pacheco, ele também irá para a Oceania. “Ir tão novo para outro país acho que pode mudar toda a minha personalidade e meu modo de ver as coisas. Acho que minha mente vai se abrir, e isso vai ser muito legal”, celebra.(AEDN).