Scaloni minimiza ausências de Neymar e Vini Jr: “É o Brasil, sabemos tudo que significa”
Treinador da seleção argentina comenta primeiro revés desde a Copa do Mundo, diante do Uruguai, e projeta confronto contra a
Treinador da seleção argentina comenta primeiro revés desde a Copa do Mundo, diante do Uruguai, e projeta confronto contra a Seleção no Maracanã.
Brasil e Argentina se enfrentarão no Maracanã, na terça-feira, às 21h30 (de Brasília), precisando se recuperar de derrotas nas eliminatórias. Mas, enquanto Lionel Scaloni tem à disposição as grandes referências do título mundial no ano passado, a seleção brasileira sofrerá com desfalques importantes: Neymar segue se recuperando de grave lesão, e Vini Jr. foi cortado por um problema físico sofrido contra a Colômbia. Mas o técnico argentino minimizou o peso das ausências do outro lado.
– Estas grandes equipes têm substitutos. Se olharmos para o time que dizem que vai jogar, são todos jogadores de alto nível, jovens, rápidos, com experiência em times importantes. E com certeza o treinador terá algo preparado devido à falta de alguns. É o Brasil, sabemos tudo o que isso significa – disse Scaloni, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
A Argentina enfrentará o Brasil em meio a uma sensação rara nos últimos tempos: vindo de uma derrota. O time de Lionel Scaloni perdeu para o Uruguai, em casa, na última quinta-feira, no primeiro revés desde a Copa do Mundo do ano passado – que também quebrou os 100% de aproveitamento dos hermanos nas eliminatórias. Mas o técnico tratou como natural o resultado, antes de viajar para duelar com a Seleção.
– Sempre dissemos que não éramos imbatíveis. Ficou evidente, além do resultado final. Temos que estar preparados para isso e continuar competindo. Ninguém gosta de perder e está muito claro, somos os primeiros que queremos nos recuperar. Há vezes que, até perdendo, o jeito é importante. O time, apesar de não ter feito um bom jogo, nunca deixou de buscar o seu estilo, para continuar tentando empatar. E isso é o que salva. Acho que o time competiu, e isso me deixa tranquilo – disse o treinador.
A Argentina realizou na manhã desta segunda-feira seu último treinamento antes de viajar para o Rio de Janeiro para o confronto contra o Brasil, no Maracanã. Depois de dois dias de treinamentos fechados, a equipe participou de uma atividade com 15 minutos abertos para a imprensa no CT de Ezeiza.
Apesar de o técnico ter dado poucas pistas nos últimos dias, a imprensa argentina aponta que o time pode ter duas mudanças com relação ao último jogo: Di María pode entrar no lugar de Nicolás González, e Lautaro Martínez pode ganhar a vaga de Julián Álvarez. Scaloni, naturalmente, não confirmou a equipe, mas disse já ter tomado sua decisão.
Ao comentar a derrota do Brasil para a Colômbia, a segunda seguida para a equipe de Fernando Diniz, Scaloni fez sua análise, indicando que não viu uma partida ruim dos brasileiros. E indicou que a necessidade de uma vitória do rival não muda a postura para um clássico, que naturalmente seria ofensiva por parte do Brasil.
– Tem que ver o jogo do Brasil contra a Colômbia. É relativo dizer que eles vêm baqueados. Fizeram uma boa partida com a Colômbia, uma boa partida até os 76 minutos. O resultado é enganoso. São grandes times, que, venham como venham, têm que sair e vencer. O momento do time não vai mudar, o treinador tem um jeito de jogar, que não vai mudar. Nunca se sabe se é um momento bom ou momento ruim, é o Brasil e sabemos como é.
A delegação da Argentina viajará para o Rio de Janeiro no fim da tarde desta segunda-feira, com chegada prevista para o meio da noite. É praxe da equipe embarcar para as partidas fora de casa apenas na véspera, fazendo toda a preparação em Buenos Aires.
Brasil e Argentina se enfrentam nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Maracanã. Os argentinos estão na primeira colocação das eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026, com 12 pontos. A seleção brasileira está em quinto, com sete pontos. Seis equipes se classificam diretamente para o Mundial, e o sétimo colocado vai para a repescagem intercontinental.(GE).