Inter sofre com falta de pontaria, e centroavantes marcam apenas 14% dos gols do time no ano
Alemão, Luiz Adriano e Lucca somados têm menos bolas na rede que Mauricio, Alan Patrick e Pedro Henrique. A ineficiência
Alemão, Luiz Adriano e Lucca somados têm menos bolas na rede que Mauricio, Alan Patrick e Pedro Henrique.
A ineficiência do Inter na hora de colocar a bola na rede tem sido um problema crônico e gera preocupação nos bastidores. Os centroavantes pouco colaboram para melhorar a média de gols e garantir vitórias. Alemão, Luiz Adriano e Lucca juntos somam cinco dos 35 gols marcados pelo time de Mano no ano, o que representa apenas 14% do total.
No empate por 2 a 2 com o Nacional, a equipe abriu 1 a 0 no início do jogo, manteve o ímpeto, mas desperdiçou chances cristalinas de ampliar o placar. Erros na tomada de decisão, intranquilidade na hora do arremate e méritos do goleiro rival ajudam a explicar os frequentes gols perdidos.
O cenário se repetiu em confrontos recentes: nos dois jogos contra o CSA pela Copa do Brasil, diante do Metropolitanos pela Libertadores e até na eliminação para o Caxias nos pênaltis, quando o Inter “massacrouo rival, de acordo com Mano. Se a falta de pontaria incomoda, o volume ofensivo e a criatividade do time amenizam a aflição.
– Tivemos bastante volume para ter matado a partida no primeiro tempo. O futebol acaba punindo. Não foi só hoje. Tivemos momentos em outras partidas semelhantes, de oportunidade de matar a partida no começo – lamentou Alan Patrick, goleador do Inter em 2023.
– Uma partida boa ofensivamente no geral, criando bastante chances. Devemos melhorar mesmo a conclusão de matar logo o jogo. Não dar mais chance para o adversário crescer na partida. É um ponto que temos que evoluir – reconheceu Alemão.
Os centroavantes não contribuem como deveriam. Pelo menos, no que diz respeito a gols. Alemão marcou três vezes, Luiz Adriano e Lucca uma vez cada. O trio somado sequer chega aos seis gols de Mauricio e aos oito de Alan Patrick e Pedro Henrique, que vive seca superior a dois meses. Já o camisa 9 está há exatos 55 dias sem gol.
Por outro lado, eles têm aparecido de outras formas. Lucca tem três participações diretas em gols na Libertadores. Luiz Adriano tem dois passes para gol. Contra o Nacional, Alemão driblou o rival, tocou de calcanhar e viu Wanderson perder frente a frente com Rochet.
O camisa 11, por sinal, é o líder em assistências, com oito, mas marcou apenas dois gols. Artilheiro do Gauchão, PH viveu o seu melhor momento como falso 9, curiosamente. A última aparição como atacante mais avançado foi no Gre-Nal do dia 5 de março. Desde então, Mano tem apostado nos centroavantes de ofício.
Centroavantes do Inter em 2023:
Alemão: 18 jogos (796 minutos) e 3 gols
Luiz Adriano: 11 jogos (622 minutos), 1 gol e 2 assistências
Lucca: 13 jogos (272 minutos), 1 gol e 2 assistências
Para efeitos de comparação, o Inter (35 gols) ocupa somente a 13ª posição entre os 20 melhores ataques da Série A em 2023. Fortaleza (75), Flamengo (56), Fluminense (54), Goiás (51), Athletico (48), Botafogo (48), Cuiabá (47), Palmeiras (45), Bahia (43), Grêmio (42), América-MG (38) e Atlético-MG (37) estão à frente.
A esperança para catapultar a média de gols é Enner Valencia. O equatoriano tem 31 gols em 42 jogos na temporada europeia e tem chegada prevista para julho.
O objetivo colorado é “chegar vivo nas competições” para recebê-lo em condições de disputar os títulos das copas. O Fenerbahçe ainda tenta renovar com o atacante.
O grupo volta aos treinos na tarde desta sexta-feira no CT Parque Gigante. Mano Menezes terá apenas dois treinamentos para ajustar o time para o duelo de domingo, às 16h, contra o São Paulo. Por conta do desgaste, titulares podem ser preservados.(GE).