Alan Patrick destoa de momento do Inter, reforça importância e faz seis gols nos últimos seis jogos

Capitão colorado tenta retirar equipe da turbulência, enquanto brilha com oportunismo Há vida sem Alan Patrick? A pergunta, quase um

Capitão colorado tenta retirar equipe da turbulência, enquanto brilha com oportunismo

Há vida sem Alan Patrick? A pergunta, quase um mantra direcionada a D’Alessandro durante a primeira passagem no Inter, volta a rondar o Beira-Rio. Herdeiro da camisa 10 do antigo parceiro, o capitão da equipe mantém o padrão alto de atuações, enquanto o time ainda apresenta problemas a cada partida.

O meia incorporou uma faceta artilheira. Fez seis gols nas últimas seis partidas. No período, o Colorado balançou as redes em 10 oportunidades. Ou seja, assegurou 60% deste total. Alan Patrick, no entanto, descarta uma “dependência”.

– Dependência não. Somos um coletivo e procuro ajudar. Nas últimas partidas, tenho sido decisivo com gols, mas em outros momentos, isso ocorreu com outros atletas. Isso mostra a qualidade da equipe. Trabalhamos para o coletivo ser forte – comentou o meia depois da vitória.

Dois dos gols, os mais recentes, evitaram um constrangimento maior na turbulenta noite de terça-feira. Em mais uma atuação abaixo das expectativas, o Inter ganhou do CSA de virada por 2 a 1 na terceira fase da Copa do Brasil. Acabou o jogo vaiado no Beira-Rio.

O primeiro ao completar o cruzamento rasteiro de Carlos de Pena e o que deu a vitória após o zagueiro do rival alagoano cortar a jogada promovida por Pedro Henrique.

Já são sete na temporada, o que o coloca como vice-goleador, um atrás de Pedro Henrique. Já igualou o número de gols do ano passado, mas com metade dos jogos disputados (30 a 15). E está a dois da melhor marca na carreira, quando defendia o Shakhtar, em 2019/20.

Os gols confirmam, mas não são isolados. O jogador de 31 anos se mantém inabalável durante o conturbado ano da equipe, que caiu de produção. As peças não repetem o desempenho de 2022 e o conjunto ruiu.

A qualidade, aliás chamou atenção de um velho conhecido. Na entrevista de apresentação, o volante Charles Aránguiz explicitou a admiração. Ambos jogaram juntos na primeira passagem de ambos pelo Inter, em 2014, e retomarão a parceria quando o chileno se recuperar de lesão.

– Passa por um momento muito bom. É um jogador de qualidade, diferente dos demais – resumiu Aránguiz.

As atribuições não se restringem ao campo. O meia utiliza a braçadeira de capitão por ser uma das principais vozes no vestiário, junto com Gabriel Mercado, responsável por mobilizar e cobrar os parceiros, mas ser um elo com Mano e a direção.

A qualidade de Alan Patrick deixa o alerta ligado. Sem um substituto, uma ausência por lesão causaria preocupação pelo time, já frágil, ficar ainda mais exposto. Na terça, deixou o gramado com câimbras, mas não preocupa.

Na atual temporada, apenas o meia e Wanderson disputaram as 15 partidas. Resta saber como Mano planeja o aproveitamento nos próximos compromissos. O Inter encara o Fortaleza no sábado no Castelão pela estreia no Brasileirão e, na terça, recebe o Metropolitanos pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores.(GE)