Fomento reabre prazo para suspensão temporária de pagamentos de empréstimos com recursos do BNDES
A retomada dos pagamentos poderá ser a partir de novembro, mantendo-se o prazo final. O valor das parcelas suspensas será diluído no restante do contrato.
Clientes da Fomento Paraná que possuem financiamentos contratados com recursos repassados pelo BNDES e estão com pagamentos em dia podem solicitar à instituição a suspensão temporária das parcelas que vencem entre maio e outubro de 2021. A medida vale inclusive para contratos que ainda estão em prazo de carência. A retomada dos pagamentos poderá ser feita a partir de novembro, mantendo-se o prazo final. O valor das parcelas suspensas será diluído no restante do contrato.
O diretor Jurídico da instituição financeira estadual, Nildo Lübke, explica que a suspensão de pagamentos desses financiamentos está alinhada a outra medida determinada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, que permitiu à Fomento Paraná renegociar contratos e suspender pagamentos da linha Paraná Recupera e no microcrédito.
“A atividade econômica ainda está bastante prejudicada pela pandemia, então as instituições como a Fomento Paraná e o BNDES precisam adotar medidas de proteção a seus clientes e do sistema financeiro”, afirma Lübke. “Com essa suspensão, a Fomento Paraná estima beneficiar mais de 1.200 empreendimentos, que pagariam entre R$ 24 milhões e R$ 25 milhões em parcelas de seus contratos, que agora irão permanecer em circulação nos municípios, estimulando o giro de recursos e a realização de novos negócios, o que ajuda a manter empregos, até que a situação fique mais estável”.
RENEGOCIAÇÃO – Desde o início de maio a Fomento Paraná está promovendo uma campanha de renegociação de contratos de Microcrédito e da linha Paraná Recupera por meio de postagens em mídias sociais e veiculação em emissoras de rádio em diversas regiões. Também estão sendo enviadas correspondências aos clientes com algum tipo de atraso nos pagamentos.
“A intenção é manter um esforço para tentar evitar a inadimplência, que não é boa para a instituição, nem para o sistema financeiro, nem para o cliente, que fica com restrição para tomar crédito em outras instituições, ou para comprar suprimentos e matéria prima a prazo de seus fornecedores”, detalha o diretor.
“Não é uma cobrança. Para esse público, que são os pequenos negócios, estamos oferecendo uma oportunidade de renegociação com facilidades que normalmente não estão disponíveis, sem cobrança de tarifas, mantendo as taxas de juros contratadas e alongando os prazos de carência e de pagamento, para diminuir o valor da parcela mensal”, completa Lübke.