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Inter traça perfil de treinador e tenta encontrar nome ideal para substituir Coudet

Direção procura profissional que aproveite o trabalho do argentino e se adapte ao elenco. A manhã e a sequência do

Folha de Capanema

Direção procura profissional que aproveite o trabalho do argentino e se adapte ao elenco.

A manhã e a sequência do dia prometem reuniões no departamento de futebol do Inter. O presidente Alessandro Barcellos discute com os pares e trabalha para encontrar o nome ideal para substituir Eduardo Coudet. Mas as primeiras informações sobre o próximo comandante já foram indicadas pelo mandatário colorado.

André Jardine e Paulo Pezzolano são nomes que gozam de prestígio nos bastidores. O primeiro é gaúcho e tem passagem na base do clube. Conquistou o ouro olímpico nos Jogos de Tóquio pela seleção, em 2021, e atualmente está no América do México. Ganhou quatro títulos em um ano e renovou até 2027. O que dificulta um avanço.

Pezzolano é uruguaio, esteve no Cruzeiro até o ano passado e conquistou a Série B em 2022. Atualmente trabalha no Valladolid, equipe de Ronaldo Fenômeno, e conseguiu o acesso à primeira divisão da Espanha. Outros nomes elogiados são de Roger Machado, do Juventude, Rogério Ceni, do Bahia, e Hernán Crespo, do Al Ain, dos Emirados Árabes.

Ainda não há um consenso sobre o técnico, mas a busca visa encontrar alguém versátil, com diferentes modelos de jogo e que se adapte ao grupo existente no Beira-Rio. Alguém que traga suas ideias e remobilize o vestiário, mas aproveite o que Chacho deixou e as peças, vistas pela direção como de qualidade para lutar por, pelo menos, um título no ano.

– Buscaremos a partir do grupo que montamos. O que norteou foi ter um grupo versátil, não só a um modelo de jogo. Eles são capazes de se adaptar. Facilita a chegada de um treinador. A versatilidade pode nos ajudar – assegurou Barcellos.

O Inter, apesar da restrição financeira, não medirá esforços para acertar com o profissional que julgar o ideal. Desde que tenha a qualidade necessária e reúna as virtudes para fazer o time subir de produção. Aliás, Barcellos disse que precisa buscar um profissional do tamanho do elenco montado, o que indica um profissional de mais renome no mercado.

– A contratação do treinador obedecerá a critérios técnicos, não custo. Precisamos ter um comando técnico à altura do grupo que montamos – ressaltou o presidente colorado.

O Centro de Análise e Prospecção de Atletas (CAPA) também tem importância neste debate. O núcleo de inteligência do clube armazena dados de profissionais, com características, trabalhos e valores. Tudo isso será avaliado para o próximo passo.

O calendário também pesará. Coudet tinha como preceito a intensidade, um time vocacionado a pressionar, mas que sentiu a série de jogos. Com partidas previstas para meio e final de semanas, um treinador sem uma ideia que acarrete tanto desgaste ganhará atenção.

– Temos pelo histórico um banco de dados importante com todas as características de treinadores. Nos ajuda muito a filtrar naquele modelo que entendemos que o Inter procura. Talvez um modelo que não tenha tanta intensidade porque este calendário irá nos matar. Não vejo um time jogando com tanta intensidade. São times que jogam em transição, dosam. Precisamos olhar isso – ponderou Barcellos.

O cenário faz a direção ter cuidado, sem estipular um prazo para anunciar o novo nome, por mais que se deseje contar com o treinador o mais breve possível. Outros nomes também serão analisados. A direção tentará encontrar o consenso no departamento de futebol para conseguir adesão no vestiário e fazer o time reencontrar o caminho das vitórias.

Com a derrota por 2 a 1 para o Juventude, o Inter precisa vencer por, pelo menos, dois gols de diferença para garantir vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Vitória por um gol leva a decisão para os pênaltis. O jogo de volta será no sábado, às 16h, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.(GE).