Goleiros do Inter testam bola com gás Hélio nos treinos para simular efeitos da altitude
Clube gaúcho preencheu algumas bolas com gás Hélio e deu ênfase aos trabalhos de cruzamentos e chutes de média e
Clube gaúcho preencheu algumas bolas com gás Hélio e deu ênfase aos trabalhos de cruzamentos e chutes de média e longa distância.
A preparação do Inter para encarar a altitude de La Paz exige criatividade e trabalho por parte dos goleiros e profissionais da comissão técnica. Algumas bolas da Conmebol Libertadores foram esvaziadas e enchidas com gás Hélio para simular situações de jogo nos 3,6 mil metros acima do nível do mar. A resposta dos atletas foi positiva com o experimento.
O clube gaúcho alugou cilindros de gás Hélio e deu início às atividades específicas nos últimos quatro treinamentos. Rochet, Keiller, Emerson Junior e Anthoni foram orientados por Leonardo Martins, preparador de goleiros, e Eduardo Melgarejo, auxiliar. Os atletas de linha não participaram dos testes.
Os trabalhos têm como objetivo reproduzir de alguma forma o impacto do ar rarefeito no comportamento da bola. O enfoque foi no jogo aéreo, com muitos cruzamentos frontais e laterais, e arremates de média e longa distância.
O ‘x’ da questão para os jogadores da posição é o tempo de bola. Ela ganha velocidade, fica mais tempo no ar e retarda a queda, traindo o goleiro. Conclui-se que será necessário redobrar a atenção e recalcular os movimentos na hora de sair da meta ou pular para fazer uma defesa.
Conforme apuração do ge, os goleiros sentiram bastante diferença nos treinos e a resposta deles foi positiva. A evolução de um dia para o outro foi perceptível, de acordo com relatos. Rochet, a princípio, está preparado para encarar o primeiro desafio nos 3,6 mil metros de La Paz.
O setor de análise do Inter preparou um dossiê sobre o Bolívar, adversário desta terça-feira pelas quartas de final do torneio continental. Uma das características do rival é a insistência nos chutes de longe. O material foi apresentado aos atletas no treino de domingo.
Departamentos de outras áreas também se mobilizaram na preparação de todos os jogadores para amenizar eventuais situações adversas. Por outro lado, há um discurso de mobilização no vestiário para que o grupo não transforme a altitude em uma “assombração”.
– O lado mental influencia muito. Quando coloca na cabeça que vai sofrer, já acaba levando para baixo. É colocar na cabeça que vai ter dificuldade, mas que se for um jogo de posse, que não fique muito na transição, consegue jogar de igual para igual. Nas vezes em que joguei na altitude, toda vez que a bola bate e volta, com menos tempo para respirar, sente mais. É tentar ficar com a posse, finalizar e não dar contra-ataque, acho que é o caminho para não sofrer na altitude – explicou Renê.
O treino desta segunda-feira será o último teste dos goleiros com a bola adaptada. Depois do treinamento, a delegação embarca rumo a Santa Cruz de la Sierra, onde passará a noite. O deslocamento para o local do jogo acontecerá cerca de seis horas antes da partida.
O titular na Bolívia naturalmente será Rochet. Para o próximo sábado, contra o Flamengo, no Maracanã, pelo Brasileirão, Keiller receberá uma nova chance, já que o uruguaio levou o terceiro amarelo no revés para o Fortaleza. A saída de John devolveu o posto de reserva imediato ao camisa 1.
Em meio a uma turbulência no Brasileirão, o Inter deixa de lado a competição nacional e aposta tudo na Libertadores. O duelo com o Bolívar acontece nesta terça-feira, às 19h, no Hernando Siles. A partida é válida pelas quartas de final da Conmebol Libertadores.(GE).