Suárez assume liderança do vestiário do Grêmio e pode erguer a primeira taça como capitão

Kannemann voltou a treinar, mas ainda é dúvida para a final de sábado contra o Caxias. Uruguaio chegou no início

Kannemann voltou a treinar, mas ainda é dúvida para a final de sábado contra o Caxias. Uruguaio chegou no início do ano e se tornou um dos líderes da equipe.

No próximo sábado, o Grêmio terá a chance de conquistar o segundo título no ano na final contra o Caxias, na Arena. O capitão, porém, pode ser diferente. Se na Recopa Gaúcha Kannemann teve a incumbência de erguer a taça, agora Suárez pode ter essa tarefa no Gauchão pouco mais de três meses após chegar a Porto Alegre.

O ídolo uruguaio já assumiu o papel de um dos líderes do grupo gremista em curto período. Apesar da grande reformulação no elenco, Kannemann e Geromel foram mantidos como capitães. Mas Suárez apareceu com a faixa na ausência dos zagueiros.

Kannemann esteve fora dos últimos dois compromissos do Grêmio. O argentino é a principal dúvida para a partida. Participou do aquecimento do trabalho desta quarta, mas não treinava com bola há quase 10 dias. Isso deixa a situação complicada para o duelo de sábado. Geromel nem atuou ainda em 2023, machucado.

O centroavante desembarcou na capital gaúcha na primeira semana de janeiro. Porém, em pouco tempo conquistou o grupo de jogadores e já assumiu um papel importante nos bastidores.

No dia a dia, é possível notar que o atleta tem um comportamento um tanto quanto irreverente. Sempre brinca e descontrai o ambiente com os companheiros. Além disso, ajuda a motivar os colegas durante as atividades.

O espírito competitivo contagiou o elenco. No estilo uruguaio, a maneira de vibrar até mesmo nos treinamentos evidencia a seriedade como Suárez encara os trabalhos. Por exemplo, nos exercícios de finalizações, costuma comemorar os gols e, claro, “cornetar” os goleiros.

Nos jogos, é possível notar também momentos em que o atacante esbraveja, como quando perde uma chance de gol ou aparece para receber e o companheiro não toca a bola. No jogo de ida da semifinal com o Ypiranga, perdeu a cobrança de pênalti no primeiro e saiu para intervalo se lamentando.

– Todos nós confiamos no Suárez. Sabemos da capacidade que ele tem. A carreira dele fala por si só. É um cara competitivo. As reações que toma durante a partida, que quer fazer o gol. É um cara que não gosta de perder gol nem em treino – conta Bruno Alves.

Sua relevância no futebol mundial já é motivo suficiente para ter o respeito dos demais atletas. Porém, o jeito facilitou a relação com o grupo e conseguiu o aproximar rapidamente dos companheiros.

Além do conterrâneo Carballo, colega de quarto, Suárez brinca bastante com Reinaldo, outro jogador que se destaca no momento da “resenha” nos treinos.

Título não seria novidade para o camisa 9 do Grêmio. No seu primeiro jogo oficial pelo clube gaúcho, foi campeão da Recopa Gaúcha e fez três gols na goleada por 4 a 1. No entanto, a faixa de capitão é uma demonstração do seu papel não só dentro de campo, mas também fora dele.

Suárez tem 10 gols e quatro assistências em 14 jogos no Tricolor. É artilheiro e líder em participações diretas em gols do time. Além disso, é o jogador que tem mais minutos em campo na temporada.

No Gauchão, é o vice-artilheiro, com seis gols. Ficou no máximo duas partidas sem marcar no ano, mesmo período atual que está sem balançar as redes – não fez gol contra Caxias no Centenário e Ypiranga na Arena.

Renato terá ainda dois dias para preparar a equipe para a grande final do Gauchão. É o tempo que Kannemann terá para ficar apto (ou não) fisicamente e entrar em campo. E deixar Suárez com a incumbência de levantar a taça em caso de título. (GE).